terça-feira, 5 de novembro de 2013

Trabalhos apresentados no congresso da ABRAMD, 2013

Trabalhos apresentados no IV Congresso Internacional da ABRAMD em Salvador DROGAS E POLÍTICAS PÚBLICAS: EDUCAÇÃO, SAÚDE COLETIVA E DIREITOS HUMANOS ATENDIMENTO INDIVIDUAL: PSICANÁLISE E REDUÇÃO DE DANOS Claudia Fabiana de Jesus Mestre em Psicologia da Saúde Introdução: No centro de atenção psicossocial álcool ou outras drogas se predomina os grupos terapêuticos, porém, há o atendimento psicológico individual. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi descrever o atendimento psicológico de um idoso e discutir as mudanças subjetivas. Metodologia: O tempo da sessão varia conforme a demanda e a partir do manejo do profissional. O atendimento era semanalmente e passou a ser quinzenal. A abordagem utilizada se refere a psicanálise e a redução de danos e o trabalho se refere a estudo de caso, de caráter exploratório. Resultados: O paciente mudou sua posição subjetiva, falando de si, sem estar relacionado a abstinência ou não do álcool. O paciente traz questões ligadas a seus medos, a solidão, a espiritualidade e questões ligadas à morte. Ele traz assuntos ligados ao relacionamento com a esposa e com os filhos, bem como, ao campo profissional e a aposentadoria. O paciente traz reflexões acerca de ser idoso, do auto-cuidado e sobre a saúde. Ele não traz mais indiferença em sua fala e não fica fixado às queixas e dá foco no presente. Ele denota mais segurança em assumir os seus próprios desejos. O processo de análise se dá pela via da subjetividade e da responsabilidade de suas escolhas. Considerações finais: Pontua-se que tanto a psicanálise como a redução de danos implica o paciente em seu discurso, em seus atos e na direção do tratamento, não como um dever, mas como uma escolha. Salienta-se a construção de uma demanda analítica do próprio sujeito. Evidência a importância do manejo clínico, mesmo na prática de saúde pública, priorizar a subjetividade e a singularidade, baseada na ética do desejo do paciente. A CONTRIBUIÇÃO DA LEITURA NO TRATAMENTO EM DEPENDÊNCIA QUÍMICA Claudia Fabiana de Jesus Mestre em Psicologia da Saúde Introdução
: Roda de leitura é um grupo reflexivo em que o paciente tem contato com a leitura, recurso terapêutico para o tratamento e é estimulado neste sentido. Ocorre uma vez por semana, com duração de uma hora e meia, com duas profissionais e o número de participantes variou entre 8 a 18 participantes. Objetivo: Este trabalho tem como intuito descrever sobre o grupo, o papel dele no tratamento em dependência química e avaliar o grupo a partir dos próprios participantes. Metodologia: A investigação do grupo foi realizada por uma abordagem qualitativa e quantitativa com caráter exploratório. O material se refere a um questionário elaborado com o intuito dos pacientes realizarem a avaliação do grupo no que se refere ao hábito de fazer leituras, a ênfase do grupo e o que ele contribui para o tratamento. Resultados: Mesmo que o paciente não tenha o hábito de ler ele considera que a leitura melhora o raciocínio, ajuda a pensar e a falar melhor, é instrutivo e melhora os conhecimentos gerais. O grupo enfatiza reflexão, leitura, melhorias no relacionamento, interpretação, análise crítica, mudanças, novas ideias, diálogo, recurso terapêutico, entretenimento, compartilhar emoções, além de maior contato com os textos, ampliação de visão, saúde, otimismo, reorganização, consciência de si e informações da atualidade. Considerações Finais: A palavra e a leitura é um instrumento de reflexão de si, da relação interpessoal e de suas vivências e assim, o grupo roda de leitura atinge seus objetivos e contribui no tratamento no campo da drogadependência. Há a relação entre leitura e saúde, na qual se toma o ato de ler como capaz de gerar saúde e mudanças subjetivas. Salienta-se que a leitura é uma forma de promoção da saúde.

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