domingo, 22 de agosto de 2010

Dia Nacional do Combate ao Fumo


Dia Nacional do Combate ao fumo - Dia 29.08.10
Cláudia F. Jesus

O tema tabagismo é algo que deve ser extremamente dialogado e discutido com a sociedade, de forma geral, devido a sua influência no processo de saúde e doença do ser humano.
Como já se sabe o uso do cigarro traz muitas conseqüências negativas a qualidade de vida da pessoa e estas informações de alguma forma, são compartilhadas com a população.
Percebo que dentre tantas dificuldades em se abster do cigarro, seja pelo prazer que este traz, pela crise de abstinência, pelo “lugar” do cigarro na vida do indivíduo, entre outros. Há de se considerar o grau da motivação em largar do cigarro. Verifica-se que, em muitos casos, o desejo de parar com o cigarro é tímido e o grau da motivação oscila, consideravelmente, e a pessoa fica na ambivalência, fica entre o sim e o não. È fundamental destacar que cada caso é um caso, contudo, orienta-se no sentido de alimentar mais o desejo de parar com o cigarro, bem como, a manutenção desta motivação para que se busque estratégias de enfrentamento para lidar com as vicissitudes no campo do tabaco.
Descontruir algo que foi construído e aprendido é algo que será vivenciado pela pessoa que decide se abster do cigarro e, assim, inicia-se uma nova forma de vivenciar o cotidiano, alterando hábitos, sentimentos e comportamentos.

sábado, 19 de junho de 2010

Ate onde se deseja ir......

Pacientes em busca de tratamento para dependência química: Indo até onde se deseja. Claudia Fabiana de Jesus Na maioria das vezes, as pessoas buscam tratamento em dependência química, no momento em que já verificou os danos e prejuízos que vivencia, além de certo “esgotamento” diante da relação com as drogas. È como se elas perdessem para as drogas e a situação de cansaço desta forma de viver, enfim, a própria pessoa percebe e questiona sobre o seu limite em relação ao consumo de drogas. Muitos buscam e não permanecem....Muitos buscam formas de intervenções que em determinada situação e contexto, não é o mais indicado e mais adequado... Muitos não buscam, porém, outros buscam por eles...muitos desistem diante da ilusão de respostas imediatas e soluções rápidas..muitos não tem informações...Há aqueles que buscam auxílio e permanecem motivados a trilhar o caminho pela vida, com uma melhor qualidade de vida, com maneiras mais saudáveis de lidar com as questões inerentes a própria vida, ao próprio ser humano e estratégias mais saudáveis e mais construtivas em lidar com as relações sociais contemporâneas e presentes.
Para isto, há a condição básica que é a abstinência e lidar com a falta da substância psicoativa. Esta fase requer muitas mudanças de comportamento, de hábitos de vida, muitas crenças devem ser alteradas... A maioria das pessoas que se tornaram dependentes de substâncias psicoativas para largar da mesma precisa se identificar com a droga e o foco do tratamento é a questão ligada à ela e estratégias para lidar com isto, bem como, estratégias de enfrentamento. Contudo, a pessoa pára neste estágio, se identifica com o e “ex-dependente”, e se protege alimentando a não relação com a droga, a negativa da droga, porém, a droga é algo marcante e esta presente, mesmo na negativa.
Raros são as pessoas que conseguem ir além da droga, se enxerga além da relação dela com a droga, pois para isto é necessário ter desejo de se conhecer..de se encontrar, por outras vias, outros caminhos... E quando ele s e descobre para além da droga, ela esta com o emocional mais maduro. A pessoa está disposta a compreender as próprias emoções, sentimentos, passa a ter menos insegurança de lidar com elas, tem desenvolvido a capacidade de ampliar sua visão sobre sua vida e sobre si mesmo. A pessoa vai descobrindo suas qualidades, reconhecendo sua auto estima, se cobrando menos, vivendo mais o presente e não busca mais a felicidade nos outros, nas coisas, ela algo fora de si, ela percebe que a felicidade está nela e, se responsabiliza por ela. Não espera que alguém a traga. Para fazer esta aventura em si mesmo é necessário muita coragem e abertura para o novo. E esta possibilidade de conhecer a si mesmo e a desejar viver com bem estar garante a própria liberdade, diferente de pessoas que estão presas há muitas coisas, há muitos fatores, há situações, há muitas pessoas e presas as próprias verdades.
A liberdade de ser consiste na construção e desconstrução de si mesmo, na vivência da vida com entrega e amor e com a possibilidade de estar se conhecendo a aprendendo com as próprias experiências.

Dia 26 junho- Dia Internacional contra uso de substâncias psicoativas


Refletindo sobre a Prevenção de drogas: Indo além do comum
Por Cláudia Fabiana de Jesus- Psicóloga – clafaje@hotmail.com

A prevenção de substâncias psicoativas é muito falada, discutida e indicada pelos profissionais e por aqueles que estão ligados a temática. Porém, na realidade há muitos trabalhos preventivos a se realizar. A prevenção de drogas muito discutida se refere a falar sobre os prejuízos das drogas, a realização de palestras e eventos informativos sobre o fenômeno, a transmissão da experiência com drogas de pessoas que superaram a problemática, campanhas e eventos isolados em diversos campos, enfim, há alguns trabalhos com este cunho preventivo e são escassos os trabalhos com acompanhamento a médio a longo prazo e sistemático. Além desta abordagem, a qual é mais divulgada e conhecida, há a abordagem que se refere a focar a saúde e não o comportamento patológico. Neste aspecto, chama-se de atividades ou intervenções que promovam saúde em diferentes contextos e em diversas fases da vida. Assim sendo a prevenção de substâncias psicoativas diz respeito a promoção de saúde, ou seja, trabalhos que focam o bem estar, a qualidade de visa, a ambientes, hábitos e comportamentos saudáveis, bem como, espaço de lazer e de prazer e maneiras de viver o cotidiano construtivamente. Sugiro que a saúde seja cultivada em diferentes campos do cotidiano do ser humano. Indica-se mais atividades voltadas para o desenvolvimento do ser humano, valorizando fatores construtivos, desenvolvendo a pessoa em seus diferentes aspectos, tendo como base a auto estima, o estabelecimento de metas e sonhos, a capacidade de superar as dificuldades, a capacidade de expressão de sentimentos, a qualidade na convivência em grupo e o desenvolvimento do auto-conhecimento. Enfim, acredito que a prevenção em substâncias psicoativas começa quando se planeja um filho promovendo atitudes e comportamentos saudáveis. Observa-se que o cuidador, o pai, a figura de autoridade, o responsável, o adulto tem a missão de transmitir que a vida nos possibilita o desenvolvimento de si mesmo e, que por isto, deve-se haver o entusiasmo pela vida. O entusiasmo em viver deveria ser mais vivenciado pelas pessoas. O entusiasmo em viver pode impedir uma pessoa ao uso de drogas e, ao mesmo tempo, pode naquele que usa drogas, ser o motivo para querer largar. Atualmente, falta o encantamento pela vida. Necessitamos de homens com mais interesse pela própria existência.

“ A mensagem mais importante que deveríamos passar para os filhos é de que a experiência de viver é interessante” . Claudia Fabiana de Jesus, 2007.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Drogas: Pais o que fazer?




Pais, diante de filhos envolvidos com substâncias psicoativas...
Claudia, F.J.

Descobri que seu filho (a) está fazendo uso de drogas faz com que os pais percam o chão. Esta verdade desvelada faz com que os pais tenham que encarar uma certa realidade. Uma realidade que traz sofrimento, medo, incertezas, dúvidas, culpa, raiva, decepção e tantos outros sentimentos. Os pais não sabem o que fazer. Percebe-se que os pais não estão preparados para lidar com esta realidade ou esta verdade. Assim, é necessário uma busca da qual não se desejaria buscar. Uma busca de aceitação, de enfrentamento, de aprendizagens, da reflexão da própria dinâmica familiar, uma busca da representação dos papéis de pai, mãe, figura de autoridade e, entre outros, uma busca da reformulação dos próprios valores éticos e morais.
Filhos aprendem com os pais. Mas, os pais também aprendem com os filhos. Toda crise traz em si o desejo de superação. Os pais passam por crises quando os filhos estão envolvidos com drogas. Esta crise pode se manter ou ser superada. A superação requer mudanças. Os pais aprendem a mudar. Não há receitas mágicas ou respostas prontas para esta superação. Até deve haver quem diga, mas acredito numa construção subjetiva que irá sendo remodelada, reformulada no cotidiano. Há uma imensa diferença no processo do que fazer quando o filho está disposto a buscar abstinência das drogas, a buscar tratamento e modificar a própria vida de filho que não está disposto a ficar sem o uso da substância psicoativa. Porém, ambos pais precisam mudar. È saudável a busca pela mudança, seja qual for a decisão do filho(a).
Os pais se sentem perdidos numa verdade desvelada. Muitas vezes agem de forma negativa, destrutiva, ou de forma pessimista. È fundamental o desejo dos pais na busca por uma superação. È fundamental os pais cuidarem de si para redirecionar as escolhas feitas no cotidiano. Acredito na importância da abertura dos pais para enfrentarem os próprios sentimentos e trilhar novos rumos para uma realidade mais saudável e uma convivência com qualidade.