quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Uso indevido de substâncias psicoativas



Uso indevido de substâncias psicoativas: uma realidade social

Por Cláudia F.J., 2004.


Muito se tem falado e discutido sobre drogas, porém, observa-se escassas mudanças positivas no âmbito de políticas públicas. O número de uso, abuso de álcool e drogas têm aumentado e há um aumento de oferta e de procura, bem como os problemas correlacionados com as drogas. Também, verifica-se, o aumento de violência devido aos problemas de dependência química e tantos outros.
Observa-se que há necessidade de serviços com qualidade no atendimento com essa demanda, bem como de seus familiares. Verifica-se a importância de ter mais opções de escolha para o tratamento, pois cada caso é particular e é importante elaboramos planos de atendimento mais individualizados. É necessário ter mais espaços de escuta para as pessoas com problemas com álcool e drogas. Espaço este que permita a pessoa não se veja somente com o rótulo de “dependente químico” mas um espaço que garanta resgatar o seu “eu”, desconstruir a maneira de viver e de se relacionar com o mundo e com as pessoas para construir outra maneira na relação consigo mesmo e com o próximo.
Enfocando em uma análise social, vivemos em uma sociedade consumista, imediatista em que o ser humano busca insensantemente satisfazer seu prazer, tendo menos tolerância, baixa capacidade às frustações, desejando as coisas o mais rápido possível, sofrendo antecipadamente....A vida de algumas pessoas se igualam ao “fast food”. Tudo tem que ser imediatamente, resolvido para ontem, não há tempo para nada... aumentando o estresse. Atualmente, o ser humano busca sanar, curar suas angústias, vazio e sofrimento, por exemplo, por meio de álcool e drogas. Contudo, há pessoas que buscam outras escolhas, mais saudáveis e mais construtivas.
Enfim, é possível viver satisfatoriamente, com qualidade, mesmo com os obstáculos e dificuldades sem o uso de drogas ilícitas como as ilícitas. Na verdade os problemas são inerentes a vida de qualquer ser humano e por meio deles as pessoas amadurecem. O importante não são os problemas em si, mas como cada pessoa busca resolvê-lo.
Aqueles que, não sabem de outra maneira, viver sem drogas é possível aprender, ou melhor, reaprender e, para isto é necessário desejar essa transformação em sua própria vida.
É preciso buscar auxílio nesta área, que realmente, possa contribuir de forma ética, humana e com compreensão do fenômeno dependência de álcool e drogas, o qual é muito complexo e multifatorial.
Devemos estar mais empenhados nesta problemática, de maneira menos preconceituosa, mais realista. Reforço a necessidade de nos comprometer mais com esta temática pois ela faz parte de nosso cotidiano e da realidade social.